Acesso à informação, sustentabilidade e Relação de Gênero



1) Tarefa:
Reflexão livre sobre a temática discutida pela mesa 04 do Encontro Latino Americano de Mulheres, sobre "Acesso à informação, sustentabilidade e relações de gênero", sob a ótica da Ciência da Informação, problematizando questões específicas do próprio projeto de pesquisa do Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação da Universidade de Brasília, como atividade da disciplina Metodologia em Ciência da Informação.

2) Contextualização inicial:
No dia 06 de junho de 2012 o Encontro Latino-Americano de Mulheres realizado no auditório da Fiocruz, no Campus Darcy Ribeiro, em Brasília, contou com a mesa de debates “Acesso à informação, sustentabilidade e relações de gênero”. A mesa foi composta pelo professor. Dr. André Porto Ancona Lopez (mediador) e pelas palestrantes Sucena Shkrada Resk, Carolina Stanisci, Soninha Francine e Lilian Avivia Lubochinski.
Dentre os inúmeros assuntos discutidos pela mesa podemos destacar questões sobre o acesso como mecanismo de promoção da descentralização da informação, direito a comunicação, estruturas de contrapoder, sustentabilidade em redes sociais, educomunicação, cidades sustentáveis, biodiversidade e acesso à informação.

3) Reflexão

Entende-se a sustentabilidade ambiental como "necessidade do planejamento racional na busca [...] da manutenção dos recursos naturais em escala planetária", conforme Maglio (2005).
Na perspectiva de Sachs (2007) para a concretização de desenvolvimento sustentável é necessário a efetivação universal do conjunto dos direitos humanos, desde os direitos políticos e cívicos, passando pelos direitos econômicos, sociais e culturais, e terminando nos direitos ditos coletivos, entre os quais está, o direito a um meio ambiente saudável.
Na Ciência da Informação (CI), se fazem presentes, estudos do fluxo de informação, da produção de conhecimentos, da comunicação e estudos sobre as consequências sociais das novas tecnologias (WERSIG, 1992). Tais estudos interligam a Ciência da Informação em temas como sustentabilidade ambiental, o que contribui para o cumprimento de seu papel como Ciência e, ainda justifica sua existência por beneficiar a humanidade como um todo.
Na visão de Macedo (1999), os fluxos de informação nas sociedades em geral e nas organizações orientam-se naturalmente no sentido de maior atendimento às necessidades de informação dos seus usuários, atravessando aquelas estruturas e iluminando as questões que dizem respeito às relações entre a organização formal e suas dinâmicas informais de comunicação.
Sendo assim, a evolução paradigmática da sociedade industrial para a sociedade do conhecimento permitiu olhar a informação sob uma nova perspectiva, ou seja, como um poderoso recurso estratégico na consecução de objetivos organizacionais. Logo, a informação vista como insumo básico e vital para qualquer organização torna-se a característica marcante desse deslocamento de paradigma.
Com isso, a gestão de organizações verticalizadas, rígidas, desintegradas, altamente hierarquizadas e departamentalizadas vem sendo substituída por uma gestão horizontal, baseada em seus processos e capaz de inter-relacionar com o ambiente interno e externo, bem como, acompanhar as mudanças e a evolução do mercado. Dessa forma, a informação é pensada como uma estrutura holística que confere a coesão de domínios particulares refletindo em ações integradas e coordenadas sistematicamente no todo da organização (MIRANDA, 2006).
Portanto, a geração e troca de informações passou a ser um diferencial, definindo a produtividade e possibilitando a competitividade no mercado globalizado (LIMA-MARQUES, 2006). Por fim, entende-se que a informação é um fator intrínseco em qualquer atividade e para que as organizações se tornem competitivas devem ser capazes de obter, processar e disponibilizar informações relevantes.

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